No final da cerimónia, à comunicação social, o doador, Ricardo Paulouro, que há 23 anos que recolhe imagens do concelho, num trabalho de “ourives”, como lhe chamou Paulo Fernandes, resumiu o teor do protocolo, numa frase.
“Neste protocolo que é assinado, é essa a obrigação da Câmara Municipal, é disponibilizar para toda a gente o espólio que vai ser digitalizado na Cinemateca.”
Do espólio fazem parte vários tipos de imagem, “existem os planos do filme 5.º Pecado, muitas vezes eram pontas soltas, coisas que se foram encontrando, posso dizer que se não tivessem sido apanhadas em 2000, hoje em dia não existiria nada, porque a casa onde estavam já caiu, há o filme o 5.º Pecado de José Vilhena e imagens que são de atualidades.”
Entre elas, está a visita de Américo Tomás ao Fundão, em 1964, ou a romaria de Santa Luzia, no Castelejo, de 1963.
A partir da assinatura do protocolo o município obriga-se a depositar as películas, no seu suporte original, no Arquivo Nacional das Imagens em Movimento (ANIM), da Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, tendo em vista a sua boa conservação, preservação, inventariação atualizada, tratamento técnico e científico, e a depositar os negativos das fotografias de rodagem do filme “O 5º Pecado” no Museu Arqueológico do Fundão e os positivos, após digitalização prévia, frente e verso, na Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema.