Natural de Alcains, onde também tem uma rua com o seu nome, Ramalho Eanes ficou sensibilizado com esta homenagem de Castelo Branco, que não podia recusar.
“Eu sinto-me tão alcainense como albicastrense, e por razões que têm a ver com a minha infância, com a minha vida adulta, e naturalmente com as memórias que referi.” Memórias que recordou, ligadas à sua juventude, família, amigos e escola.
Leopoldo Rodrigues, presidente da câmara de Castelo Branco, explicou as razões de mais esta homenagem ao antigo Presidente da República.
“É um dos mais insignes representantes da nossa terra, uma personalidade reconhecida nacional e internacionalmente e alguém em quem os albicastrenses têm um enorme orgulho.”
Para Ramalho Eanes, esta homenagem representa o reconhecimento público de Castelo Branco, que o acarinha como filho adotivo. “Não é o meu chão de nascimento, mas, inevitavelmente, o meu chão de memórias”, onde viveu de tenra idade até concluir o liceu.
Ramalho Eanes foi o 16.º presidente da República e o primeiro, democraticamente eleito, após a Revolução de 25 de Abril de 1974.
Questionado como vê o país, 50 anos depois, Ramalho Eanes entende que, por um lado, “melhorou de uma maneira extremamente interessante. O país hoje não tem nada a ver com o Portugal que era antes do 25 de abril. Os fundos europeus permitiram que nós realizássemos milagres”, por outro lado, faltou a Portugal, “definir um projeto comum, um projeto de vida em comum, que fizesse com que todos nos sentíssemos unidos, no trabalho, para chegar a esse objetivo.”