A associação para a defesa da floresta, caça e pesca sediada na freguesia de Cortes do Meio envio um ofício ao ministro do ambiente, secretário de estado das florestas e ao presidente do ICNF onde reclama o pagamento de 13 mil e 500 euros às equipas de sapadores florestais pela acção desempenhada nos incêndios que deflagraram na Serra da Estrela durante o último verão.
Em comunicado, a “Queiró” refere que, de acordo com a legislação, as equipas de sapadores florestais desempenham 110 dias de serviço público; 55 dias para acções de silvicultura preventiva e 55 dias para vigilância, primeira intervenção em incêndios florestais, apoio ao combate e vigilância ativa pós-rescaldo.
No ano de 2022 “devido a circunstâncias excecionais relacionadas com as temperaturas elevadas e ocorrências de incêndios, a maioria das equipas de sapadores florestais excederam os dias de serviço público” sendo que no caso das duas equipas geridas pela associação “foram realizados 33 dias de trabalho extraordinário”.
A “Queiró” sublinha que tal situação corresponde a uma verba, por regularizar pelo estado, no montante de 13 mil e 500 euros. Uma situação que abrange diversas entidades gestoras de equipas de sapadores “cujo valor em dívida ascende a milhares de euros, sendo essa verba é fundamental para garantir a estabilidade financeira das entidades gestoras e os postos de trabalho dos sapadores florestais”.
A associação já enviou para o ministério do ambiente, para o secretário de estado das florestas e para o presidente do instituto de conservação das florestas o relatório de actividades de 2022, devidamente aprovado pelo ICNF e onde são validados os 33 dias de trabalho suplementar, mas não obteve até agora qualquer resposta.