A direcção distrital da inter-reformados de Castelo Branco afirma que foi com “estupefacção e revolta” que tomou conhecimento das “novas medidas de apoio às famílias” apresentadas pelo governo, considerando que “mais uma vez os reformados e aposentados são desprezados, esquecidos e discriminados”.
Em comunicado a estrutura refere que no conjunto das medidas apresentadas, o governo “esqueceu-se” que os reformados e aposentados “já tiveram um corte nas pensões em 2023 com a não aplicação da lei de actualização das pensões e que isto significa também um corte para as actualizações futuras, já que o ponto de partida é mais baixo”, lamentando que “no conjunto das insuficientes e ilusórias medidas anunciados pelo governo não esteja prevista a reversão do corte nas pensões com um aumento efectivo das pensões com efeitos retroactivos a Janeiro de 2023”.
A inter-reformados de Castelo Branco acrescenta que “o caminho apontado não resolve os problemas da população e as dificuldades do dia-a-dia”, sublinhando que “o governo, em vez de fixar preços máximos no preço dos bens essenciais vendidos pela grande distribuição, opta por se aliar à grande distribuição e, nas ajudas à produção dos grandes produtores. É esta especulação e acumulação que urge travar, mas é nestes que o governo não toca”.
A estrutura questiona ainda porque não é diminuído o valor do IVA para a taxa reduzida da electricidade “uma medida que se iria reflectir no imediato na factura paga pelos reformados e suas famílias” e considera que “só com o aumento das pensões de reforma se garante a reposição e melhoria do poder de compra e se rompe com o caminho da desigualdade e empobrecimento de camadas crescentes de reformados e aposentados”.
A direcção distrital anuncia ainda a realização de um conjunto de acções nas próximas semanas como acções de esclarecimento com reformados sobre reformas e pensões dignas, saúde, protecção social, habitação e transportes. A solicitação de reuniões ás autarquias de Belmonte, Covilhã e Fundão e à CIM das Beiras e Serra da Estrela “para exigir a gratuitidade dos transportes públicos aos reformados e aposentados” e ainda convocar a realização de uma acção pública na cidade da Covilhã, em data a definir, para exigir o aumento das pensões de reforma e a gratuitidade dos transportes públicos são outras das actividades previstas.