Dois anos depois, o Rancho Folclórico da Boidobra organiza o II Seminário de Cultura Popular, desta vez dedicado a dois instrumentos típicos da região: o adufe e a viola beiroa. O evento decorre no próximo dia 25 de outubro, na Escola Profissional de Artes da Covilhã.
“Ao toque do adufe” é o mote a segunda edição em que vão estar em destaque dois instrumentos musicais – o adufe e a viola beiroa.
“Pegamos nestes dois instrumentos porque são muito característicos da nossa região. O adufe, que esteve expandido em termos nacionais, neste momento a região, nomeadamente Idanha, é que o divulga exaustivamente, as outras regiões praticamente já não o têm e o mesmo se aplica à viola beiroa.”
O diretor técnico do Rancho Folclórico da Boidobra, Paulo Jerónimo, na apresentação do evento, ontem, no auditório da Epabi onde vai decorrer o seminário, no próximo dia 25 de outubro.
“É uma escola que forma profissionais, académica, e nós somos voluntários, autodidatas, e é esta simbiose que nós procuramos neste seminário.”
As inscrições estão abertas e o Seminário destina-se não só a grupos tradicionais e de folclore, mas também à comunidade em geral. Para o diretor da Escola Profissional de Artes da Covilhã, Hélder Abreu, é também uma oportunidade para os alunos “terem acesso a um conjunto de práticas diferenciadas, mas também à própria música da nossa região que será aqui tratada, e penso que será uma excelente oportunidade de fazermos estas pontes.”
O Seminário de cultura popular “Ao toque do Adufe” terá uma manhã teórica, com dois palestrantes convidados: José Alberto Sardinha que vai estar ao leme de uma viagem pelos instrumentos musicais tradicionais e Miguel Carvalhinho que vai abordar uma perspetiva pedagógica da viola beiroa. A tarde será mais prática com a realização de workshops experimentais de instrumentos, técnicas de ensaio e uma performance final.
A ideia, segundo Paulo Jerónimo, é tornar o Seminário de Cultural Popular bienal.
