A Associação Florestal do Interior (AFIN) apresentou este sábado em Assembleia Geral, o plano de atividades e orçamento para 2025. No próximo ano, a AFIN vai continuar o trabalho em prol dos produtores florestais que têm sido prejudicados pela falta de apoios públicos, sobretudo em zonas de minifúndio.
De acordo com o presidente da direção, Aníbal Cabral, o foco das atividades para 2025 passa pela manutenção “da linha de trabalho que tem orientado a associação”.
Um dos objetivos da AFIN, explicou o dirigente, são os “projetos no âmbito da área florestal, nomeadamente das Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) e procurar ajudar os produtores a ter acesso no âmbito dos apoios comunitários”.
Os apoios públicos para o setor “têm sido muito poucos ou quase nenhuns, nomeadamente para zonas de minifúndio, e os que têm existido, ou é para áreas agrupadas ou para quem já tem planos de gestão elaborados, nomeadamente grandes empresas”, explica Aníbal Cabral.
Daí que tem sido “muito difícil”, mesmo através da associação, poder desenvolver projetos no âmbito da floresta.
Mas a AFIN, gestora das Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) dos Enxames, Mata da Rainha e Penamacor, já está a elaborar os planos de gestão florestal para essas zonas.
“É um trabalho muito complexo que temos andado a desenvolver e queremos concluir o mais rapidamente possível. (1:23) Vamos a ver quando é que isto estará pronto, porque é um trabalho que não depende muito de nós, depende de apreciações de entidades externas, mas procuramos fazer”, apontou o presidente da direção.
Apesar das dificuldades, a associação reforça que, para o próximo ano, vai “desenvolver ações, estar atenta, e sempre que houver uma possibilidade de apoiar os produtores e os sócios no sentido de fazerem algum projeto, alguma atividade”, podem contar com o apoio da AFIN.
O plano de atividades para 2025 foi aprovado por unanimidade, assim como o orçamento, que não prevê “grandes investimentos”, apenas o “necessário para o funcionamento” da AFIN. Para o próximo ano, esperam-se 47 mil euros de receita, dos quais 15 mil deverão provir das quotas dos associados, que se mantém em 35 euros.
Resultado de uma Assembleia Geral que também ficou marcada pela alteração dos estatutos da Associação Florestal Interior.