Na região das Beiras e Serra da Estrela, apenas 47 das mais de 600 camas previstas no Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES) estão concluídas. Na Beira Baixa, ainda não foi entregue nenhuma das 398 camas projetadas. A nível nacional, a taxa de execução é de apenas 11%.
O Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES), criado em 2018 e mais tarde integrado no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), está a avançar lentamente no país, e na região. No território das Beiras e Serra da Estrela, que abrange a Universidade da Beira Interior (UBI) e o Instituto Politécnico da Guarda (IPG), estão previstas 666 camas, mas apenas 47 foram concluídas até ao momento, avança o jornal Público.
Estas correspondem à requalificação da Residência III da UBI, agora denominada “Retrofit”. A intervenção foi inaugurada em abril de 2023, num investimento de 801 mil euros, acima dos 591 mil inicialmente previstos. Da parte da UBI, falta ainda concluir outras quatro candidaturas, num valor total de 5,8 milhões de euros, que diz respeito a três residências e à adaptação da antiga cantina da Boavista.
Na mesma região, está já adjudicada a obra de adaptação da antiga residência feminina da Gulbenkian, na Guarda, para a transformar numa residência para estudantes do ensino superior, num investimento de 4,5 milhões de euros, financiado a 85% pelo PRR.
Já na Beira Baixa, o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) tem 360 camas previstas, mas nenhuma ainda concluída. Em curso está a construção da nova residência no Campus da Talagueira, com 152 camas; e a requalificação de uma residência já existente, com 208 camas.
A nível nacional, segundo dados do Ministério da Educação, Ciência e Inovação, apenas 2 mil 139 das 19 mil camas previstas até 2026 estavam concluídas até abril deste ano, o que representa uma taxa de execução de 11%.
O governo admite atrasos devido à falta de propostas nos concursos de empreitada, à escassez de mão de obra no setor da construção civil e ao aumento generalizado dos custos. Apesar das dificuldades, mantém-se o objetivo de concluir os 141 projetos previstos.