Passado um ano sobre a aprovação, na Assembleia Municipal da Covilhã, da desagregação das Uniões de freguesia de Peso e Vales do Rio, Casegas e Ourondo, Barco e Coutada, Cantar Galo e Vila de Carvalho, a Assembleia voltou a aprovar uma moção no sentido de dar continuidade a este processo.
“Dado o atual cenário de dissolução da Assembleia da República e Eleições Legislativas em março de 2024, é fundamental que todos os partidos se comprometam com a continuação deste processo no próximo quadro legislativo, a bem das populações que viram renascer a esperança da restituição da sua freguesia em dezembro do ano passado.”
Pode ler-se na moção, apresentada por João Flores Casteleiro, que não mereceu a concordância do Partido Social Democrata. Em causa está apenas a frase que diz que a Lei da desagregação das freguesias, de 2013, que ficou conhecida como a Lei de Relvas, foi um erro “que prejudicou em grande medida as freguesias agregadas.”
Hugo Lopes recordou que foram aprovadas quatro propostas de desagregação de freguesias, mas no concelho da Covilhã foram feitas 10, “ao só termos quatro propostas está-se, tacitamente, a assumir que as outras seis, ou cinco, porque uma é especial, não foram um erro.”
Também o CDS, na voz de António Freitas, mostrou, através da declaração de voto, a sua posição sobre o assunto.
“O PS está há oito anos para proceder a este processo de desagregação, por um lado, por outro lado, com um governo de gestão, não conseguimos compreender este pedido, neste momento.”
A moção apresentada pelo PS foi aprovada por maioria, já a moção apresentada pela CDU, de solidariedade com o povo da Palestina e de apelo à Assembleia da República e ao Governo do reconhecimento do Estado da Palestina, foi rejeitada pela Assembleia. Rejeitado foi ainda o voto de protesto da CDU pela “ausência de resposta aos requerimentos e pedidos de informação apresentados pelos diferentes grupos municipais”.