Catarina Gavinhos, eleita da CDU na Assembleia Municipal do Fundão (AMF), escolheu Odete Santos, que partiu no passado dia 27 de dezembro, natural do concelho da Guarda, como a personalidade do ano, “por ser uma mulher tão inteira, tão entregue às suas causas, tão defensora daquilo que acreditava.”
A escolha de Vanda Ferreira, eleita do PSD na Assembleia Municipal da Covilhã (AMC), recaiu em Mário Raposo que representa, simbolicamente, os 50 anos que o ensino superior comemorou na região em 2023 “um reitor que foi formado na UBI, começou como aluno, foi professor e vice-reitor”.
Pelos 25 anos de carreira, Joana Bento, vereadora do PS na Câmara do Fundão (CMF), escolheu como personalidade do ano, na região, o estilista Carlos Gil, pela coragem em fazer a sua carreira a partir do Fundão, “manter-se no Fundão e continuar no Fundão é um ato que eu queria aqui saudar”.
O melhor de 2023 na região.
Vanda Ferreira escolheu como o melhor do ano os dois hospitais privados previstos para a Covilhã, “estes investimentos são importantes porque trazem consigo mais valias brutais, desde criação de emprego a trazer pessoas altamente qualificadas para a região.”
A aposta da região na criação de habitação foi o melhor do ano, quer para Joana Bento, quer para Catarina Gavinhos.
Segundo a vereadora do PS na CMF, “é um marco importante termos dado esse passo”, que vai ser “determinante para o futuro”.
Para a eleita da CDU na AMF, “a habitação é um direito que as pessoas têm e, portanto, é inadmissível nós deixarmos chegar um país a este ponto”, em que apenas 2% da habitação é do domínio público.
O pior de 2023 na região.
Os incêndios e o rasto de área ardida que deixaram na floresta do distrito foi, na opinião de Joana Bento, o pior. “Nós fomos o distrito com maior área ardida, a seguir a Odemira, e isso continua a ser preocupante.”
Para Catarina Gavinhos, o pior é o que faz falta, em termos de mobilidade, à região. “Faltam-nos os caminhos de ferro, faltam-nos os transportes públicos”.
Os problemas da interioridade, de que são exemplo as portagens, o subfinanciamento da UBI e a fraca representatividade do distrito na Assembleia da República são, para Vanda Ferreira, eleita do PSD na AMF, o pior do ano 2023 na região.
O que esperar de 2024.
Com um ano de eleições legislativas à porta, as expetativas para 2024 do painel de convidadas da RCB, não são indiferentes aos resultados do ato eleitoral do próximo dia 10 de março.
A começar por Joana Bento. A autarca socialista, espera que o PS vença as eleições e que o interior faça parte da agenda do novo governo. “Estou muito esperançosa que, em termos de interior, o Primeiro Ministro cumpra aquele que foi o seu slogan de campanha – Por um Portugal Inteiro – e esse inteiro tem que contar com o interior.”
Já Vanda Ferreira, deputada do PSD na AMC, espera que o dia 10 de março traga uma mudança de políticas ao país. Quanto ao interior, tem um grande desafio pela frente.
“O grande desafio do nosso interior é a imigração, eu acho que precisamos dela como pão para a boca, o grave problema demográfico do país é também, e é sobretudo, um problema do interior.”
Catarina Gavinhos espera que o novo ano, traga novos caminhos ao interior do país.
“Eu gostava que se criasse mais emprego e, para isso, precisamos de novas vias, que as autoestradas não sejam cobradas, que os comboios funcionem de forma eficaz.” Para a aleita da CDU na AMF, é “inadmissível” que, num país tão pequeno, “para nos movimentarmos continuemos a ter tantas dificuldades.”
As expetativas que o painel de convidadas da RCB depositam no novo ano.