É uma nova resposta social que a Santa Casa da Misericórdia do Fundão vai ter a partir da primavera do próximo ano. O bairro de Sta. Isabel está a ser transformado num bairro de habitação colaborativa destinado a pessoas que ainda tendo autonomia, não podem ficar nas suas casas por necessitarem de algum tipo de apoio. No bairro estão a nascer 18 casas com jardim e um edifício geral de apoio às mais diversas atividades.
As obras já são visíveis no terreno e, segundo o provedor da Santa Casa da Misericórdia do Fundão, deverão estar concluídas em março do próximo ano, “será uma resposta diferenciadora que é constituída por 18 casas T1, em banda, todas elas com jardim”. No edifício geral, com uma área total de mil metros quadrados, “teremos o café, o supermercado, o cabeleireiro, uma parte para atividades de estímulo físico e cognitivo, um ginásio, será um espaço bonito, um espaço ajardinado, um espaço onde haverá uma horta comunitária.”
Uma resposta social que se destina a pessoas que tendo ainda alguma autonomia, não têm condições para estar nas suas casas porque carecem de algum apoio, “nós queremos acolher essas pessoas para terem uma vida como tinham cá fora, ou seja, para que essas pessoas continuem a poder fazer as suas refeições na sua casa, cada uma vai ter a sua casa, continuem a fazer a cama, a higiene pessoal, a higiene do lar, mas que estejam a viver numa comunidade e que tenham atrás um conjunto de colaboradores da instituição que vão apoiá-los no exercício dessas atividades.”
A obra, no valor de dois milhões e 600 mil euros, é apoiada pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) com um investimento da Santa Casa da Misericórdia de cerca de 300 mil euros. Para Jorge Gaspar tratou-se de uma janela de oportunidade que permitiu, por um lado, criar uma resposta social que não existia e, por outro, a recuperação de um património da instituição que estava degradado.