O núcleo concelhio da Covilhã do Bloco de Esquerda vem, em comunicado, manifestar o seu repúdio com o aumento das tarifas dos transportes públicos na Covilhã. Uma decisão tomada pela concessionária “com a anuência, ainda que tácita, da câmara municipal”.
De acordo com o BE “estes aumentos penalizam de forma desproporcional a população e não contribuem para a melhoria da mobilidade no município” agravando vários problemas “como a exclusão social, a poluição atmosférica, o congestionamento viário, o ruído urbano e o aumento do consumo energético”.
O Bloco de Esquerda refere que o valor do passe mensal urbano sofreu um incremento de 5,78 por cento, passando de 38,95 euros para 41,20. Um percentual que “excede de forma significativa o limite máximo da taxa de actualização tarifária para 2025, fixado em 2,02% pela autoridade da mobilidade e dos transportes para o serviço público de transporte de passageiros”.
Para o BE, esta decisão da câmara municipal da Covilhã “ao desrespeitar as directrizes da AMT e as orientações do orçamento do estado, reflectem uma total falta de compromisso com a promoção de um transporte público acessível e inclusivo”.
Em face nesta situação o núcleo da Covilhã vem exigir a reversão dos aumentos aplicados, considerando que o preço dos transportes “não pode ser mais caro que nas regiões metropolitanas” e ainda “a criação de um plano progressivo com vista à tarifa zero regional” à semelhança da que foi implementada na comunidade intermunicipal do Oeste.
O Bloco de Esquerda deixa ainda um apelo à população “para que se mobilize contra este aumento injusto” e “participe de forma activa em formas de acção coletiva”, considerando que “apenas com a união de todos é possível reverter esta medida e garantir uma política de mobilidade verdadeiramente justa e acessível para todos os habitantes da Covilhã”.