De acordo com a organização este encontro tem como objectivo “promover a discussão e reflexão sobre assuntos diversos, como a valorização da floresta e preservação do património natural, passando pela mobilidade e pela garantia de acessibilidade nas situações de isolamento das populações, sem esquecer as especificidades dos desafios enfrentados por quem vive, trabalha, estuda ou é activista no interior”.
Em comunicado, os responsáveis sublinham que “durante décadas o movimento de migração da população do interior e a sua concentração no litoral foi acompanhado por uma concentração de serviços públicos e de oportunidades, retirando capacidade e qualidade de vida às zonas de mais baixa densidade populacional e concentrando também no litoral o emprego público e qualificado e para combater o despovoamento e o empobrecimento não basta falar de coesão territorial”.
De acordo com os dirigentes do Bloco de Esquerda “é necessária uma estratégia focada em inverter anos de abandono e esquecimento, assente na transformação do modo como o território é encarado, desde a valorização da floresta e preservação do património natural, passando pela mobilidade e pela garantia de acessibilidade nas situações de isolamento das populações”, considerando que “é preciso combater o centralismo e o desinvestimento, alimentado pelos sucessivos governos do PS e da direita, desbloqueando a possibilidade de decidir sobre os nossos próprios territórios sob pena de vermos, ano após ano, agravarem-se todas as assimetrias, desequilíbrios e disparidades, particularmente acentuadas em momentos de crise”.
Para inverter o actual cenário “é fundamental pensar o interior de forma abrangente, tendo em conta a inserção na União Europeia e reflectindo sobre a importância dos quadros comunitários na persecução de investimentos que promovam o desenvolvimento e coesão regional”.