Aumentar a votação no Bloco de Esquerda e ir à luta pela eleição de um deputado são os objetivos do Bloco no distrito de Castelo Branco, nas próximas eleições. Metas traçada, em entrevista à RCB, por Inês Antunes, que volta a liderar a lista do BE pelo distrito, nas Legislativas de 18 de maio.
“Um objetivo será sempre aumentar a votação em relação às legislativas anteriores. Em 2022 tínhamos tido 4069 votos, no ano passado, 4451, no distrito. Houve aqui um aumento, não em percentagem, mas em número de votos absolutos. Sabemos que a eleição de um deputado é difícil tendo em conta que o distrito elege apenas quatro deputados, mas é uma luta a que vamos com toda a força e todo o ânimo.”
Na agenda política do BE mantem-se a alteração da lei eleitoral que permita que todos os votos contem, “vamos tentar apresentar propostas e trazer o tema a debate porque há muitos votos que vão para o lixo e as pessoas sentem que não vale a pena votar em partidos pequenos porque não vão conseguir eleger ninguém, se bem que mesmo não se conseguindo eleger, é sempre ótimo que as pessoas votem para dar força aos partidos.”
Apesar das Legislativas de 2024 terem tido a mais baixa taxa de abstenção da última década, Inês Antunes teme que a abstenção, desta vez, aumente, “é com grande mágoa que digo isto, mas acredito que sim, tendo votado há um ano não acredito que haverá tanta gente a mobilizar-se para ir votar desta vez, e isso é grave, até porque a maior parte das pessoas nem percebe o motivo porque estamos a ir a eleições”.
Um ano depois as propostas do Bloco não mudaram. A habitação mantém-se no topo das prioridades num país onde apenas 2% da habitação é pública. O BE defende a imposição de tetos máximos às rendas e a sua adequação à tipologia do local.
“No caso distrito, as rendas são mais elevadas, mas não havendo tanta oferta, aqui o objetivo será haver mais construção de habitação pública a preços acessíveis e residências estudantis também.”
Os transportes públicos voltam a ser bandeira do BE que quer alargar o passe nacional da ferrovia a todo o tipo de transportes públicos, beneficiando assim regiões como o distrito de Castelo Branco onde a oferta é mais escassa.
“À semelhança do que apresentámos no ano passado é a implementação de um passe nacional intermodal, já existe um passe nacional que funciona para a ferrovia, mas aqui o objetivo é incluir outros tipos de deslocações para que regiões como o interior não sejam prejudicadas, porque nós aqui não temos tanta oferta de ferrovia.”
Ideias deixadas, em entrevista à RCB, pela primeira candidata do BE no distrito de Castelo Branco às legislativas de 18 de maio, dia em que os portugueses vão ser chamados a votar para eleger o Parlamento, pela quinta vez, nos últimos 10 anos.