Os números são avançados pelo director do observatório para o desenvolvimento económico e social da universidade da Beira Interior que analisa os dados referentes à taxa de desemprego. Dos 8494 desempregados, 47 por cento são homens e 53 por cento são mulheres. Do universo analisado por José Pires Manso, o concelho de Castelo Branco é o que apresenta um maior número de cidadãos em situação de desemprego, com 2092 casos.
Logo de seguida surge o concelho da Covilhã com 1626 desempregados e o da Guarda com 884. Já o Fundão surge em quarto lugar com 679 cidadãos em situação de desemprego. Ao invés o concelho de Fornos de Algodres é o que apresenta o menor número; apenas 83 pessoas estão registadas como desempregadas.
De acordo com o responsável do observatório para o desenvolvimento económico e social da universidade da Beira Interior pode concluir-se que “os municípios mais pequenos estão com taxas de desemprego baixas por inexistência de empregos nos concelhos” pelo que as pessoas “acabam frequentemente por ir viver para as principais cidades e vilas da região, razão pela qual se estão desempregados passam a constar nas estatísticas dos locais de residência”.
José Pires Manso acrescenta que “os candidatos a emprego nos concelhos mais pequenos e rurais, apresar dos poucos empregos oferecidos, acabam por conseguir trabalho maioritariamente nas IPSS existentes ou nas próprias câmaras municipais. Nos maiores centros são as autarquias e as instituições particulares de solidariedade social os principais empregadores a que se juntam as instituições de ensino superior e algumas empresas”.
A análise aos dados permite ainda concluir que 57% estão desempregados à menos de 1 ano, e 43% estão há mais de 1 ano. 15% procuram o primeiro emprego e os restantes 85% outro que não o primeiro emprego.