A cerimónia começou com o hastear das bandeiras de Portugal, da Europa, do Brasil e de Belmonte, ao som do hino entoado pela Banda Filarmónica de Caria, que ainda tocou a Grândola, embalada pela véspera.
Já no salão nobre, o momento alto foi a atribuição das distinções honorificas a três personalidades do concelho que se distinguiram em diversas áreas e “que estão e estarão para sempre ligadas ao nosso concelho.” Justificou António Dias Rocha.
O presidente da Câmara Municipal de Belmonte enalteceu os homenageados, “todos são sobejamente conhecidas das nossas populações pelo seu trabalho e dedicação às causas sociais educacionais e publicas ao longo dos anos.”
A começar por António Albuquerque Borges. Foi professor, vereador na Câmara Municipal de Belmonte e “dedicou parte da sua vida a buscar no presente a história do passado do nosso concelho em particular da sua terra” Caria, onde casou e mora há mais de 40 anos. Terra que investigou e sobre a qual já publicou e pretende continuar a publicar trabalhos.
Luís Varandas Elvas, nasceu, cresceu e fez o seu percurso escolar em Belmonte. É, desde 2018, chefe de serviço de cardiologia no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. “A sua amabilidade e preocupação pelos seus conterrâneos” foi salientada por António Dias Rocha, acrescentando, sobre o médico cardiologista que “é uma daquelas pessoas que ama e traz Belmonte no seu coração e pensamento, apesar de já alguns anos aqui não residir.”
A título póstumo foi também homenageada Maria José Robalo, a professora que dedicou a vida a ensinar crianças e que “permanece e irá permanecer no imaginário de todos os que a conheceram pela sua simpatia, vontade, atenção e sorriso amável que oferecia a quem a abordava.” Concluiu o autarca, no dia em que foram também distinguidos os funcionários do município, com 15 a 40 anos de serviço, e os alunos que mais se distinguiram no concelho.
Um concelho que se orgulha de ser “berço de novos mundos, novas culturas decorrentes da descoberta de Cabral em 1500, mas também da convivência e permanência com os judeus que durante séculos deram o seu contributo para o desenvolvimento deste concelho. Belmonte orgulha-se assim do seu passado e presente de tolerância.”
Quanto ao futuro, “iremos traçar as nossas metas de desenvolvimento integrado, todos têm de participar no desenvolvimento do concelho”, para isso é preciso união.
“Não é admissível que alguns atores sociais e políticos queiram ressuscitar querelas antigas, que se promovam desavenças e discórdias, se promova a fracturação e o bairrismo doentio entre localidades”.
O autarca apelou à concórdia, à parceria e à conjugação de esforços “que permitam levar por diante os projetos que queremos apresentar ao novo quadro comunitário.”