Inspirado na expressão popular, “quem conta um conto, acrescenta um ponto”, a iniciativa tem como objetivo a recolha e a preservação do património oral da região, como explicou na cerimónia de inauguração Elisa Bogalheiro, do Laboratório Criativo Maria Zimbro, que dinamiza o projeto.
“Eu cresci a ouvir estórias e pensando em todas as estórias, que tinha ouvido das minhas avós, e porque somos da região, das aldeias, decidimos criar o Acrescenta um ponto, porque quem conta um conto acrescenta um ponto e há muitos pontos que ainda precisam ser acrescentados para que não se percam.”
Foi o que aconteceu em Alpedrinha, onde decorreu uma residência artística, no início de 2023, com cinco ilustradores que, depois de ouvirem as estórias da comunidade local, passaram-nas para o desenho, acrescentando pontos, linhas, formas, paisagens e cores aos contos que inspiraram cada uma das ilustrações presente nesta exposição.
O presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, explicou os motivos que levaram a autarquia a escolher Alpedrinha para este projeto.
“Por ser uma das nossas localidades carregada de história e de estórias que, para além do património arquitetónico, tem um património cultural imaterial imenso, é uma vila de transição de territórios com uma serra pelo meio que também tem muito que contar.”
A exposição estará patente na Biblioteca Municipal Eugénio de Andrade até ao próximo dia 3 de novembro e pode ser visitada durante o horário de funcionamento daquele espaço: de terça a sexta, das 9h 30m às 13h e das 14h às 18h, à segunda-feira e ao sábado das 14h às 18h.
A entrada é livre.