O bispo da Guarda, D. José Miguel Pereira, reagiu esta segunda-feira à morte do Papa Francisco, sublinhando o legado de proximidade, acolhimento e fraternidade deixado pelo pontífice argentino, falecido no dia em que se assinala a segunda-feira de Páscoa.
Em declarações à RCB, D. José Miguel recordou a insistência do Papa na construção de uma sociedade mais aberta e inclusiva, lembrando a emblemática frase “todos, todos, todos”, no testamento que Papa Francisco deixou em Lisboa, por altura das Jornadas Mundiais da Juventude.
“O Papa não só aí, mas ao longo de todo o seu ministério, tentou exortar e incutir, que o nosso mundo tem de ser um mundo de acolhimento, temos de combater uma certa cultura do descarte, uma certa cultura do julgamento, muitas vezes uma tendência para fazermos facções, os nossos que são bons e os outros que são maus ou que são uma ameaça”, afirmou o bispo da Guarda.
O prelado destacou ainda a visão do Papa Francisco sobre uma “fraternidade universal, um sentido de fraternidade comum em que todos têm lugar, todos, todos, todos, mesmo que a ritmos diferentes, mesmo que com adesões diferentes à fé, mesmo que com atitudes diferentes face ao mistério do transcendente, mas que todos têm lugar e todos têm caminho”.
D. José Miguel Pereira enfatiza: “A vida humana é sempre um mistério de uma procura, de uma pergunta, de uma inquietação — e o Santo Padre lembrou isso e quis que de facto a Igreja estivesse na linha da frente de um rosto onde se ofereça todos lugar.”
D. José Miguel Pereira, falava à RCB esta segunda-feira, à margem das cerimónias religiosas, no Recinto de Nossa Senhora do Incenso, em Penamacor.
c/Luís Seguro