O Boom Festival, que se realiza em Idanha-a-Nova de dois em dois anos, quer alargar a sua atividade cultural e criativa e promover iniciativas regulares durante todo o ano. O projeto do BoomLand prevê, para o efeito, a criação de novas infraestruturas na Herdade da Granja.
Boom durante todo o ano, é o objetivo da organização de um dos maiores festivais de música, arte e sustentabilidade do mundo. Em declarações à RCB, Artur Mendes, um dos organizadores do certame, refere que o objetivo é “não apenas ser uma atividade sazonal, com os eventos que acontecem naquelas datas específicas, mas sim o trabalho do projeto BoomLand”, onde querem “fazer de Idanha-a-Nova a capital do bem-estar até 2030, com um programa de atividades que seja diário e que consiga ter ainda mais impacto daquilo que é a vivência do interior”.
A visão, ainda a ser trabalhada, passa por criar “várias estruturas dentro da Herdade da Granja e à volta, em Idanha-a-Nova”, que consigam albergar “um estúdio, uma área de concertos e espetáculos ao ar livre, um centro de retiros, uma biblioteca, um museu do Boom Festival, para a realização de várias atividades “que consigam trazer população para a região também durante todo o ano”.
Sem nenhum prazo de iniciação à vista, Artur Mendes explica que o projeto ainda está dependente de financiamento e licenciamento. Mas reitera a missão do Boom Festival de alargar o seu compromisso de fazer mais pelo interior.
“O que pretendemos sempre é ampliar o nosso alcance. O nosso lema é transformar pessoas e regenerar a terra e desde o início, temos visto que temos ajudado a transformar pessoas, a regenerar a terra e a repovoar esta terra através de uma organização cultural e recreativa. Ao contrário do que muitas vezes é a perspetiva do desenvolvimento, que é meramente economicista ou com indústrias mais convencionais, nós estamos a mostrar que através da cultura e da criatividade nós conseguimos criar um novo interior”, disse à RCB o co-organizador do Boom Festival.
O certame que, este ano, já recebeu três distinções nacionais e internacionais, quer pela organização, pela sustentabilidade, quer pelo desenvolvimento turístico, e que se volta a realizar em Idanha-a-Nova em julho de 2025.