O projeto do novo quartel dos Bombeiros Voluntários do Fundão foi apresentado este domingo, 26 de maio, no 97º aniversário daquela associação humanitária. Um projeto “pioneiro” cujo financiamento resultará da venda de lotes adjacentes e fundos do quadro comunitário 2030.
Situado na Quinta do Caranguejo, variante ao Fundão, o novo quartel dos Bombeiros do Fundão, cujo investimento ronda os três milhões de euros, implica uma dinâmica financeira que vai ser proporcionada através da venda de lotes.
“Paralelamente com o desenho do quartel, desenvolvemos um loteamento que vai contabilizar com o desenvolvimento de dois blocos habitacionais, um com cinco lotes, outro com quatro, que será o ponto de financiamento para o novo quartel. Esses blocos vão permitir, com a venda dos lotes ou promoção que os bombeiros irão fazer, angariar algum dinheiro para pagar uma parte das obras do quartel”, explicou aos jornalistas o arquiteto Paulo Borges.
O vice-presidente do município do Fundão, Miguel Gavinhos, anunciou na sua intervenção que “está a ser preparado o programa de financiamento para concluir a operação de loteamento, com vista à construção de 149 novos fogos de habitação no programa de arrendamento acessível”.
Mas revelou também que a Câmara vai apoiar “grande parte do valor do projeto no montante de 60 mil euros” e ainda no âmbito do quadro comunitário Portugal 2030, “1,5 milhões de euros serão destinados à comparticipação do quartel”.
“Sabemos que não corresponde à totalidade dos recursos que serão necessários, talvez metade, mas continuaremos a prosseguir esse objetivo através da engenharia que possa resultar da operação imobiliária dos terrenos adjacentes, ou outras formas de financiamento que não vamos desistir de procurar”, salientou o vice-presidente.
Situado estrategicamente numa zona circular à volta do Fundão, a futura casa dos bombeiros permite aceder a zonas da cidade e periferias “mais rapidamente”, anunciou o arquiteto da empresa Plataforma.
O projeto contempla zonas de treino, espaços sociais, de viaturas, oficina, entre outras estruturas, incluindo uma “Casa escola”, para a formação de bombeiros.
Trata-se de um investimento que “não vai ficar limitado ao que vai acontecer nos próximos três anos, poderá crescer ainda continuamente”, aponta Paulo Borges, explicando que o projeto vai passar por três fases de construção.
“Numa fase inicial vai suprimir todas as necessidades que os bombeiros têm, mas como sabemos que isto é uma associação sempre crescer, estamos a programar uma segunda fase para albergar mais frota e uma terceira fase, que ainda não sabemos para que lado se vai desenvolver, mas pode servir para formação, saúde, ginásio, por exemplo”, elucida o arquiteto.
Entre as principais características do novo quartel, o presidente da direção da associação humanitária destaca “infraestruturas modernas, tecnologia de ponta, sustentabilidade, espaços comunitários, segurança e eficiência”.
Para Carlos Jerónimo este novo projeto “é o símbolo do compromisso com o futuro, representa a continuidade de uma tradição de serviço e preparação do desafio para as próximas décadas”, esperando que esteja concluído daqui a três anos, no centenário dos Bombeiros do Fundão.
O prazo de Carlos Jerónimo para ver o sonho dos Bombeiros Voluntários do Fundão concretizado, garantindo que todos os recursos necessários sejam mobilizados para a conclusão do projeto.