A Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI) e a Guarda Nacional Republicana (GNR) lançam conjuntamente, e pelo segundo ano consecutivo, a Campanha de Prevenção de Afogamentos.
Sensibilizar as pessoas para “este problema de saúde pública” e dar-lhes a informação certa para que possam proteger as suas crianças é o objetivo principal da. campanha “A morte por afogamento é silenciosa e rápida” que arrancou esta segunda-feira, dia 3 de julho, e decorre até ao dia 30 de setembro.
De acordo com a OMS, em muitos países do mundo os afogamentos estão entre as primeiras cinco causas de morte, entre os 12 meses e os 14 anos. Em Portugal, os afogamentos são a segunda causa de morte acidental em crianças e jovens. “Ainda que nos últimos 20 anos os casos de afogamento de crianças e jovens tenham vindo a diminuir, é importante olhar para além dos números. Cada uma destas mortes, é uma família que ficou para sempre incompleta ou uma criança que se perdeu ou ficou com sequelas neurológicas graves e com pouca qualidade de vida”, referem os responsáveis da campanha.
Segundo os últimos dados disponíveis, de 2020 e 2021 do INE, houve um total de 14 e 12 mortes, respetivamente, em crianças e jovens por afogamento o que demonstra um aumento relativamente aos anos transatos.
Face a este cenário a Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI) e a GNR decidiram voltar a unir esforços, lançando uma nova campanha, por forma a sensibilizar as famílias para a importância dos cuidados de segurança a respeitar junto da água, nomeadamente nas praias, rios, barragens, piscinas ou tanques.
“É crucial que as piscinas não vigiadas, os tanques e os seus acessos estejam “vedados” para atrasar ou impedir o contacto da criança com a água sem a supervisão de um adulto”, apontam.. Segundo a OMS, esta é a medida mais eficaz para prevenir o afogamento de crianças pequenas. A utilização de equipamentos de flutuação – auxiliares de flutuação por crianças que ainda não sabem nadar bem e coletes salva-vidas nas atividades náuticas – assim como a aprendizagem, por crianças e adultos, de competências aquáticas, nomeadamente, de suporte básico de vida é também fundamental.
“No entanto, nenhuma destas medidas substituiu a vigilância permanente de um adulto”, sustentam a APSI e GNR.