Motivadas pela realização, dia 10 de março de 2024, das eleições legislativas antecipadas, as Associações Distritais e Regionais de Futebol, reunidas em Coimbra, no passado sábado, 17 de fevereiro, fizeram uma reflexão e análise sobre os programas dos partidos políticos que se candidatam ao próximo ato eleitoral.
Através de uma Carta Aberta, os dirigentes, á qual se inclui, Manuel Candeias, presidente da AF Castelo Branco, referem que “ tendo-se verificado ao longo dos anteriores processos eleitorais, uma continuada ausência de propostas adequadas à realidade desportiva e inexistência de uma agenda inovadora, por parte dos diversos partidos políticos, as Associações Distritais e Regionais de Futebol, apelam ao futuro Governo, a criação do Ministério do Desporto, com um valor no Orçamento do Estado compatível com a actividade diária desportiva do país”, pode ler-se na missiva enviada à comunicação social.
O documento acrescenta ainda que “ de forma inequívoca, que Portugal tem um claro défice de quantidade de infraestruturas desportivas, que proporcionem, uma melhor qualidade de vida na prática regular de atividades de recreação e lazer, da integração desportiva adequada para os atletas federados e por outro lado, que seja um fator determinante para o desenvolvimento do desporto de elite, especialmente, quando temos em conta a dimensão e posicionamento de excelência, que o desporto assume em Portugal e além fronteiras, sem deixar de realçar, a ausência persistente de uma política de fiscalidade incentivadora e apelativa para atletas, agentes desportivos, clubes e instituições, que estimule a capacidade de investimento e a competitividade internacional”.
As Associações Distritais e Regionais de Futebol, terminam a Carta Aberta, dizendo que, “continuamos a notar que a base do desenvolvimento desportivo tem sido completamente deixada ao esquecimento desde há muitos anos, onde destacamos de forma importante, o Estatuto do Dirigente Desportivo Voluntário, não estimulando a participação de quem já está envolvido no fenómeno e muito menos o seu rejuvenescimento. Por isso, entendemos que, caso este assunto seja continuamente desprezado, poderá estar em causa qualquer plano desportivo estabelecido para o País”. Concluem.