A delegação regional do sindicato dos enfermeiros portugueses considera que os dados da adesão à greve de três dias que foi convocada na unidade local de saúde de Castelo Branco veio comprovar que os profissionais “não aceitam a passividade da administração que teima em não resolver ainda que tenha reconhecido publicamente que as reivindicações são justas”.
De acordo com o SEP durante os três dias estiveram de escala 609 enfermeiros, dos quais 337 aderiram a esta paralisação. A estrutura sindical sublinha que “o posicionamento da administração é incompreensível uma vez que assume disponibilidade para resolver requerimentos individuais dos enfermeiros de acordo com a sua situação concreta e, mais uma vez, não cumpre”. Uma situação que “agrava os problemas da interioridade e que diminuem a atractividade dos enfermeiros para se fixarem no território, onde apenas metade dos jovens enfermeiros formados na faculdade de enfermagem ficaram na região”.
Para o sindicato dos enfermeiros portugueses, o que está em causa “é o direito ao acesso dos cidadãos a cuidados de saúde prestados com qualidade e segurança” sublinhando que “só com recursos humanos motivados e em número suficiente as instituições vão ter condições para se organizar de acordo com os desafios do futuro, nomeadamente a introdução da inteligência artificial e a necessária adequação dos processos tendo em conta essa realidade”.