Os trabalhadores da Reditus, que asseguram o atendimento no call center da Segurança Social em Castelo Branco, estão em greve desde o passado dia 7 de abril e mantêm a paralisação até ao dia 25. Na próxima quinta-feira, 17, às 11 horas, vão sair à rua numa concentração junto ao Pingo Doce da Avenida 1.º de Maio, em Castelo Branco, para tornar visível a sua situação e continuar a exigir respostas.
Em causa estão reivindicações antigas que continuam sem resposta por parte da entidade empregadora e da tutela. Os trabalhadores exigem a sua integração nos quadros da Segurança Social, argumentando que desempenham funções permanentes e em crescimento, o que, segundo o sindicato, torna injustificável a manutenção da prestação de serviço através de outsourcing.
Entre os motivos da greve estão também o pedido de um aumento salarial de 150 euros, a atualização do subsídio de refeição para 9,60 euros — valor que se mantém inalterado há vários anos — e a exigência de condições laborais dignas, incluindo o respeito pelo horário de pagamento de salários, liberdade sindical, direito a plenários remunerados e férias escolhidas pelo próprio trabalhador.
O SINTTAV – Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual, que convoca a ação de luta, denuncia situações de censura e discriminação no local de trabalho, bem como práticas que colocam em causa a dignidade de quem ali exerce funções.
A concentração do dia 17 será, segundo o sindicato, mais uma forma de dar visibilidade à luta destes profissionais e exigir respeito pelos direitos laborais.
A greve de três semanas representa um dos períodos de contestação mais longos deste grupo de trabalhadores, que afirmam estar determinados a manter a luta enquanto não houver respostas concretas. “Se lutas, podes nem sempre ganhar. Se não lutas, perdes sempre” — é o lema com que se apresentam em mais uma jornada de protesto.