Joaquim Morão apresentou na passada semana o pedido de demissão de presidente do conselho de administração da caixa de crédito agrícola mútuo da Beira Baixa Sul. A notícia é avançada na edição online do jornal “Regiões”. Em causa está a acusação que envolve o antigo presidente das câmaras municipais de Castelo Branco e Idanha-a-Nova num caso de fraude na obtenção de fundos comunitários.
De acordo com o jornal, Joaquim Morão vai manter-se na presidência do conselho de administração da caixa de crédito agrícola da Beira Baixa Sul até final deste mês de Junho, cargo que ocupava desde 2015.
Na última semana o ministério público constituiu Joaquim Morão como arguido, assim como António Realinho, Arnaldo Brás, Joaquim Morão, João Carvalhinho, Luís Pereira e as associações Adraces e L’Atitudes. De acordo com a acusação os arguidos agiram em coautoria material na recuperação de um edifício que é propriedade da Câmara Municipal de Castelo Branco cedido em regime de comodato à L’Atitudes. A todos é imputada a obtenção de financiamento no âmbito do programa de desenvolvimento regional (Proder) em prol da associação L’Atitudes a favor da qual os fundos reverteram. Mas para isso “foram criadas condições artificiais de elegibilidade como beneficiária, contornando o impedimento da Adraces em se candidatar a esse aviso, por ter alcançado o limite de financiamento”.
O jornal recorda que a caixa central do Crédito Agrícola tinha em curso, há mais de um ano, um processo de averiguação de idoneidade de Joaquim Morão, desencadeado na sequência do caso que envolveu o antigo presidente da Câmaras de Idanha e Castelo Branco, Fernando Medina, ex-presidente do Município de Lisboa, e o seu vereador Manuel Salgado. Em causa a contratação de Joaquim Morão, como assessor da Câmara Municipal de Lisboa e do qual resultou também a sua constituição como arguido num caso que envolve suspeitas de um alegado esquema de corrupção.