O cabeça de lista da CDU às eleições europeias 2024 João Oliveira, passou esta terça-feira, 7 de maio, pela zona industrial do Tortosendo, Covilhã, para um contacto direto com os trabalhadores da Fitecom. Para o candidato ao parlamento europeu, o setor têxtil foi “um dos mais sacrificados” pela política comercial da União Europeia. Dependência que o partido quer reverter.
Foi um dos motivos pelos quais João Oliveira marcou presença na Covilhã. O candidato da CDU às europeias vê o setor têxtil como “um dos setores produtivos em Portugal que foi mais sacrificado pela política comercial da União Europeia (UE)”.
“O mercado da UE foi inundado por produtos têxteis vindos de outras paragens. Portanto, na prática, o nosso setor têxtil foi entregue por troca da produção industrial da Alemanha e França. Ou seja, para que esses grandes países tivessem mercado de escoamento dos seus produtos entregaram como moeda de troca o nosso setor têxtil, com as consequências que estão à vista e com a exigência de outro tipo de soluções do ponto de vista da política comercial que defendam os nossos setores produtivos e correspondam aquilo que realmente pode garantir a reindustrialização do nosso país e o desenvolvimento da nossa capacidade e da nossa produção industrial”, afirmou à RBC, João Oliveira, enquanto esperava a mudança de turno dos trabalhadores da Fitecom.
Para o candidato comunista, as orientações tomadas ao nível da União Europeia, e das quais Portugal está “dependente”, refletem também nos baixos salários, na redução de direitos sociais e laborais, na degradação dos serviços públicos, e no aumento das desigualdades.
João Oliveira refere que “muitas destas dificuldades resultam das políticas nacionais que têm enquadramento na EU que é preciso denunciar e contrariar para que o futuro seja diferente”.
Focado nas desigualdades sociais, na valorização dos trabalhadores, mas também no desenvolvimento e progresso da indústria, agricultura e demais setores, João Oliveira está convicto de que “o reforço da CDU” na Europa “é uma possibilidade real” para qual vão trabalhar.
Não só pelo trabalho realizado nos últimos cinco anos, mas também pela forma “evidente” de como o partido se tem comprometido por encontrar “outro rumo para o país, que implica uma política alternativa com soluções que exigem coragem de as defender contra imposições feitas pela União Europeia ou pelo euro, em prejuízo de Portugal”, remata o cabeça de lista.
A igualdade entre estados na União Europeia, o controlo do banco central nacional e ainda a recuperação dos anteriores quatro mandatos para Portugal foram já alguns compromissos assumidos pela CDU às eleições europeias de 2024, cujo ato eleitoral está marcado para o próximo dia 9 de junho.
Além da Covilhã, João Oliveira esteve ainda na cidade de Castelo Branco onde participou num jantar com elementos da distrital da CDU, numa campanha “abrangente e diversificada” quer em termos geográficos, quer em termos dos setores de atividades.