O núcleo de Castelo Branco da associação ambientalista propõe ao município do Fundão que encomende um estudo epidemiológico sobre o impacto da central de biomassa na saúde pública. Para a Quercus esta situação configura “uma clara violação dos direitos humanos que exige uma vigilância permanente e rigorosa por parte da sociedade civil e do poder político”.
Em comunicado, a associação ambientalista mostra dúvidas “que o acordo estabelecido com a central de biomassa consiga travar a degradação da saúde dos moradores da Gramenesa” e que permita “protelar a implementação das medidas acordadas para um tempo incompatível com o estado de saúde e o sofrimento dos moradores”, sustentando que “apesar da degradação, cada vez mais rápida, da saúde dos seus associados e a morosidade da justiça a associação de moradores preferiu o acordo com a central deixando cair a acção principal” que tinha como o encerramento daquela estrutura.
Apesar de fazer um balanço positivo sobre o debate que decorreu no último sábado no Fundão, a Quercus sublinha que “o acordo assinado pela associação de moradores com a central é visto com bastante esperança, por parte dos políticos”, mas refere que “o incumprimento reiterado da legislação em vigor, por parte da Central, foi identificado por todos como um problema a necessitar de resolução cabal”, recordando que “há seis anos que os moradores suportam o barulho desta indústria, rodeados de cinzas e de poeiras, inalando os gases, as partículas, os maus cheiros e, sobretudo, a injustiça de não verem defendidos os seus direitos”.
A associação ambientalista sublinha que este foi o primeiro de quatro debates que pretende levar por diante durante este ano, em que se realizam eleições autárquicas, e onde pretende reunir a sociedade civil, o direito ambiental, a comunidade científica e o poder político local para uma reflexão conjunta.