Foi o dia de África, no Centro de Migrações do Fundão, que chegou a 27 de maio, para dar oportunidade à comunidade fundanense de se juntar à comemoração, como explica a coordenadora do Centro, Filipa Baptista.
“O dia de África foi a 25 de maio, nós acabámos por comemorar no sábado para dar possibilidade às pessoas que residem no Fundão virem ao Centro para as Migrações. Foi um dia com muita cor, muita música, muita dança, vamos terminar agora com um DJ de Afro beat e um buffet africano para podermos comemorar esta parte dos sabores que liga todas as comunidades.”
Foram muitos os sabores típicos de África que uns provaram pela primeira vez e a maioria, degustou ao sabor de recordações. Foi o objetivo de José Diogo Silva, trazer um bocadinho de África à mesa. Para isso escolheu os seus sabores mais típicos, de que é exemplo a Muamba de Dendém.
“É uma calda feita com dendém, que vem da palmeira, por isso se chama Muamba de Dendém, a galinha leva o tempero normal, alho e cebola. O Calulu leva peixe fresco, neste caso pusemos uma pescada, tem peixe salgado, uma corvina, que é como se fosse bacalhau, temos espinafres, beringela e leva óleo de palma.”
A banana frita, o arroz doce com leite de coco, a mandioca, e tantos outros sabores, a maioria temperados com jindungo, o ingrediente que não pode faltar na cozinha africana, compuseram a mesa do jantar.
Para a vereadora com o pelouro de ação social na Câmara Municipal do Fundão, Alcina Cerdeira, tratou-se de mais uma iniciativa de inclusão de uma comunidade que tem um peso significativo no concelho.
“Temos uma grande comunidade”, a começar pelo Centro para as Migrações, residência de cerca de 60 alunos oriundos dos Países de Língua Oficial Portuguesa. “Já por aqui passaram muito alunos, mais de 350 oriundos da Guiné, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, houve uma presença regular destes alunos.”
Além disso, Alcina Cerdeira salienta a presença no concelho de outros cidadãos africanos, “que vieram do Senegal, os primeiros refugiados que recebemos vieram dos barcos do Sudão, da Nigéria, e vários países africanos que aqui temos recebido ao longo destes anos.”