A deputada do PSD eleita pelo distrito de Castelo Branco na Assembleia da República enviou uma carta aberta às populações onde faz o balanço da actividade desenvolvida ao longo dos últimos seis anos no parlamento. Recorde-se que Cláudia André não fez parte das listas de candidatos a deputados que foram sufragadas nas eleições legislativas do último domingo.
Eleita em Outubro de 2019, Cláudia André afirma que sempre fez tudo o que esteve ao seu alcance para “cumprir o dever delegado por muitos dos eleitores deste distrito”, recordando na missiva a situação de pandemia e as dificuldades causadas a todos os cidadãos com medidas como o confinamento e a utilização de máscaras.
Depois da dissolução da assembleia da república, em 2021, Cláudia André sublinha que a maioria absoluta conquistada pelo PS ficou marcada “pelo chumbo consecutivo das propostas dos grupos parlamentares pela maioria socialista que, posteriormente, as voltava a apresentar e aprovando-as mais tarde em seu nome”.
A deputada social democrata afirma que, ao longo dos seis anos no parlamento, confrontou “os diversos membros do governo sobre os problemas do distrito” deixando como principais exemplos o elevado custo das portagens na A23, a não concretização de investimentos rodoviários que são aguardados há décadas, como o IC 6 e o IC 31, as falhas da distribuição postal dos CTT, a falta de rede de telemóvel e cobertura de internet e vários temas relacionados com a educação como “a retirada do amianto nas escolas ou a luta pela manutenção da escola superior de gestão em Idanha-a-Nova”.
Nesta missiva, Cláudia André coloca ainda em evidência as áreas do ambiente, nomeadamente com “a mineração da Serra da Argemela e os impactos dos incêndios no parque natural da Serra da Estrela”; na agricultura “onde foi possível fazer a defesa de apoios para a cereja e para o medronho, tendo sido apresentada uma proposta orçamental para a redução do imposto sobre o álcool nos seus produtos derivados”.
As áreas da saúde e da administração interna são também evidenciadas por Cláudia André nesta carta aberta às populações do distrito, onde a deputada do PSD afirma que “a inesperada interrupção da legislatura deixou por concluir várias propostas mais estruturantes como foi o caso da iniciativa onde constavam medidas para o desenvolvimento económico, populacional e territorial do interior que reflectia muitos dos contributos recolhidos no decorrer da visita ao distrito efectuada pelo grupo de trabalho constituído por deputados do PSD eleitos pelo interior do país”.
Cláudia André termina esta carta defendendo a alteração da lei eleitoral, afirmando que por vezes presenciou “longos debates sobre problemas muito menores que os do distrito de Castelo Branco, apenas porque eram oriundos de territórios representados por mais deputados e mais partidos”, considerando que “o cálculo da representatividade na Assembleia da República não pode ser assegurado apenas pelo número de pessoas que habita em cada território”.