A Câmara Municipal da Covilhã (CMC) rejeitou a possibilidade de proceder à reorganização do estacionamento na Avenida Frei Heitor Pinto, na sequência de um pedido apresentado por um grupo de moradores daquela artéria. Na resposta oficial a que a RCB teve acesso, a autarquia afirma que a proposta é “inexequível e irrealista”, alegando inexistência de espaços vagos ou desaproveitados ao longo da avenida.
Na exposição enviada à Câmara, os moradores apontavam dificuldades na procura de lugares para estacionar e no acesso às garagens, sobretudo após as obras de requalificação da via. A autarquia, no entanto, sublinha que “a estrutura de estacionamento público é, sensivelmente, a mesma que existia antes das obras”, e que a área pedonal foi aumentada dentro dos limites possíveis, tendo em conta as construções já existentes.
O município acrescenta que não tem obrigação de garantir estacionamento junto às residências e que a rotatividade sugerida pelos moradores “colide com a natureza pública do estacionamento”, que deve servir toda a população, residente ou não.
A carta refere ainda que o sistema de estacionamento tarifado prevê descontos para residentes, o que, segundo a autarquia, garante alguma disponibilidade de lugares próximos das habitações.
Quanto ao acesso às garagens, o município considera que eventuais dificuldades são provocadas pelo estacionamento irregular, atribuindo a responsabilidade da fiscalização às forças de segurança. Em alternativa, lembra ainda a existência de estacionamento gratuito no Campo das Festas, próximo da avenida em causa.
No encerramento da resposta, a Câmara reafirma a sua posição: “não se acompanha a visão que transmite, de que há espaço para uma reorganização do estacionamento público na avenida Frei Heitor Pinto, na Covilhã, ao ponto de daí resultar uma maior capacidade e oferta”.