O líder da Coligação “Juntos fazemos melhor”, Pedro Farromba, explicou os motivos da abstenção.
“Nós temos muitas dúvidas sobre a questão. Do ponto de vista da economia de escala faz todo o sentido que exista uma concentração daquilo que é a gestão dos serviços de saúde, temos muitas dúvidas em relação à qualidade dos serviços e ao serviço que é prestado aos utentes.”
Perante as dúvidas, a oposição ainda sugeriu a realização de um debate público sobre os prós e contras para a região da criação da Unidade Local de Saúde Universitária da Cova da Beira, mas sem sucesso, “não havendo essa disponibilidade aquilo que fizemos foi abster-nos por não termos todos os dados para ser a favor ou contra a ULS”.
Vítor Pereira recorda que o parecer não é vinculativo e apresenta os motivos que levaram a maioria a votar favoravelmente a ULS “porque acreditamos que ela venha a ser vantajosa para a região. Parafraseando o Prof. Fernando Araújo, ele diz que, na prática, as ULS respondem a quatro questões: são uma resposta integrada e qualificada às necessidades das populações, promovem a agilidade de gestão das respetivas entidades de saúde, há ganhos de eficiência e há economia de escala.”
Razões que levaram a maioria a votar favoravelmente, “garantida que esteja a questão da capitação, não vemos nenhum inconveniente na criação da ULSU da Cova da Beira”. Refere o presidente da Câmara da Covilhã que acredita que capitação está assegurada pelo número de consultas e também pelo facto de ser uma ULS universitária.