O lamento deixado, esta manhã, por Pedro Farromba, numa declaração política da bancada “Juntos fazemos melhor”, no período antes da ordem do dia, da reunião pública do executivo covilhanense.
“A maioria socialista na Câmara da Covilhã continua a olhar para o seu próprio umbigo entendendo como normal a sistemática realização de julgamentos, nomeadamente criminais, de assuntos que aconteceram na Covilhã, com partes e arguidos, advogados e dezenas de testemunhas da Covilhã, que se têm de deslocar ao tribunal de Castelo Branco para recorrer aos serviços da justiça.”
Na resposta, o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, saudou o facto do Tribunal ficar no interior do país.
“Devíamos estar aqui todos a congratular-nos, porque este Tribunal era para ficar em Coimbra. Saúdo a decisão governamental de não o colocar em Coimbra e colocá-lo no interior de Portugal, tivesse sido na Guarda, em Viseu, em Portalegre, e estou a falar de antigas capitais de distrito, quer seja em Castelo Branco. O facto de estar no interior, e de estar mais próximo de nós, é um fator de proximidade da justiça.”
Na declaração política lida no início da reunião, Pedro Farromba lamentou ainda que a CMC tenha, na última reunião privada, anunciado, no final à comunicação social, um conjunto de obras de que não falou na reunião, e tenha feito um sessão pública de assinatura e entrega dos contratos programa com as coletividade sem convidar a oposição.
“Estes dois atos são bem demonstrativos do que hoje vivemos na Covilhã e para o qual temos alertado inúmeras vezes. O espírito de que tudo podem e a ninguém devem explicação, por nós não passará e seremos sempre a voz dos que não têm e dos que temem tê-la. Não nos calaremos nem deixaremos que calem os Covilhanenses.”
Vítor Pereira rejeitou a critica, recordando que os vereadores podem participar em todas as sessões e cerimónias públicas, quanto à lista de obras.
“Não é nenhuma novidade, decorre das necessidades das populações, daquilo que todos nós, ao longo dos anos temos falado e das legitimas pretensões e anseios dos senhores presidentes de junta. Não constituiu nenhum desrespeito pela oposição ou falta de apreço.”