A câmara da Covilhã vai suportar os custos provocados pelo descongelamento da taxa de actualização tarifária dos transportes, de modo a reduzir os aumentos nos preços dos passes urbanos e a ajudar os utilizadores a pagarem menos.
Em comunicado, a autarquia refere que com esta medida consegue “travar os efeitos negativos que o descongelamento decidido pelo governo teve nos preços fixados para 2025, desonerando assim os utilizadores dos transportes na Covilhã e garantindo que o aumento que lhes é imputado fica abaixo do que foi definido a nível nacional”.
Com esta decisão, o município da Covilhã permite que a actualização a suportar pelos utilizadores não ultrapasse os 0,55€ e os 0,65€, em função do passe adquirido e já para o mês de Fevereiro. A autarquia vai suportar o pagamento do valor referente aos anos em que a taxa esteve congelada, assim como pela aplicação da fórmula prevista no contrato de concessão dos transportes, que permite fixar a taxa final em 1,63%, valor que é inferior ao aumento de 2,02% definidos para a TAT de 2025.
Desta forma, no caso dos passes mensais urbanos, o preço tinha passado de 33,95 € para 41,20€, mas com a intervenção municipal será reduzido para os 34,50€. O utilizador só terá um aumento de 0,55€, face a 2024. Já no passe mensal urbano + suburbano, o preço passou de 38,95€ para 47,25€, mas com a intervenção da Câmara ficará nos 39,60€, com o utente a pagar apenas mais 0,65€.
Citado em comunicado, o presidente da câmara da Covilhã sublinha que esta intervenção é “fundamental” para “atenuar os efeitos que este aumento estava a ter na vida dos covilhanenses”. Vítor Pereira sustenta que “na impossibilidade de levar o governo a dar resposta positiva a estes territórios, reforçando as verbas que transfere neste domínio para o Interior, decidimos que tínhamos que ser nós a assumir esse apoio aos nossos concidadãos”.
O autarca reitera ainda a exigência que sejam reforçadas as verbas de compensação previstas para o interior na área dos transportes, de modo a que os habitantes destes territórios também tenham acesso às tarifas que são aplicadas nas grandes áreas metropolitanas, considerando que “é desigual e inaceitável a diferença de tratamento entre as grandes áreas metropolitanas e as restantes zonas do país, nomeadamente no que se refere ao financiamento das autoridades de transporte”.