Com uma receita superior à orçamentada, o relatório e contas do ano passado superou todas as expetativas.
“Tivemos uma receita num valor fora do que tem sido o padrão dos últimos anos, 44 milhões e 700 mil euros, que é um valor que ultrapassou todas as nossas expetativas, porque nós começámos com um orçamento de 39 milhões 353 mil euros, ou seja, tivemos uma receita cobrada superior ao que era o nosso orçamento inicial.”
O presidente da Câmara Municipal do Fundão, Paulo Fernandes, salienta também a taxa de execução do investimento que duplicou, em 2023.
“Este ano apresentamos uma componente de investimento executada superior a 12 milhões de euros, ou seja, nós duplicámos a nossa execução, do ponto de vista do investimento, tornando-a também o maior valor de sempre deste município.”
Uma execução que fica a dever-se a várias razões, mas para o autarca fundanense, a que teve maior impacto foi “a capacidade de captação de investimento do município”.
Quanto à divida, no ano passado baixou cerca de um milhão e 300 mil euros, “passámos de uma dívida de perto dos 50 milhões, para 48 milhões e 700 mil euros.”
Relativamente ao Plano de Ajustamento Financeiro, “estamos com cerca de 3 milhões abaixo do valor previsto para o ano em que estamos, o quinto. Este era o valor que, mais ou menos, atingiríamos ao oitavo ano, ou seja, estamos mais acelerados na perspetiva da saída formal do Plano de Ajustamento Financeiro.”
Joana Bento da bancada do Partido Socialista explicou os motivos da abstenção do Partido Socialista em relação às contas.
“Por reconhecer que todo o programa nacional, desde o PRR, à Estratégia Nacional de Habitação, o Programa Mais Habitação, tem respaldo naquilo que foi a execução em 2023.”
Um ano “sem surpresas”, que mostra a execução no Cine Teatro Gardunha e nas obras do Centro de Acolhimento de Empresas e que, no que concerne à habitação, “estamos no caminho certo, apoiado em políticas nacionais, dos vários instrumentos nacionais que foram projetados desde 2015.”