A câmara do Fundão manifesta publicamente o pesar pelo falecimento, aos 83 anos, de Álvaro Laborinho Lúcio, apresentando “sentidas condolências à família e amigos deste ilustre cidadão nacional, que sempre foi um amigo das gentes do concelho do Fundão” refere o município nesta nota.
Natural da Nazaré, onde nasceu a 1 de dezembro de 1941, Álvaro Laborinho Lúcio ingressou na faculdade de direito de Coimbra, onde se licenciou em Direito e obteve o curso complementar de ciências jurídicas. Iniciou a sua carreira como delegado do Procurador-Geral da República que exerceu nas comarcas de Seia, Fundão e Santarém. Como juiz foi colocado em Oliveira do Hospital e em Tábua. De seguida foi Procurador da República junto do Tribunal da Relação de Coimbra, inspetor do Ministério Público, Procurador-Geral Adjunto da República, diretor da escola da Polícia Judiciária e do Centro de Estudos Judiciários.
Enquanto procurador do Ministério Público no Fundão, o município realça “o seu forte contributo para a vida cultural, social e cívica da nossa cidade, que Laborinho Lúcio sempre referiu como a terra onde alcançou a cidadania”.
Ao longo da sua carreira foi Ministro da Justiça, secretário de Estado da Administração Judiciária, deputado à Assembleia da República, ministro da República para os Açores e Procurador-Geral Adjunto da República, destacando-se “por um trabalho social notável e destacou-se pelas suas atividades cívicas e académicas” sendo autor de livros sobre justiça, direitos humanos e cidadania e membro de associações como a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima e a Crescer-Ser.
Com fortes ligações ao Fundão, participou em diversas iniciativas no concelho, como são exemplo o Festival Literário da Gardunha, em 2017, ou o seminário “Maus Tratos a Crianças e Jovens” em 2019. No Fundão apresentou, também, o seu livro “O Chamador”, em 2014.














