Está dado o primeiro passo para a expropriação do Cine Teatro Gardunha. A declaração de utilidade pública para a expropriação do edifício foi aprovada na reunião do executivo onde foi também apresentado o projecto base de recuperação do imóvel. Segundo o documento, o palco vai ser aumentado para permitir a realização de todo o tipo de espectáculos “ópera, teatro, orquestras, concertos, dança…” já que, segundo Manuel Frexes, o objectivo é não só “devolver esta sala de espectáculos à população do Fundão” como também “servir toda a região podendo receber acontecimentos nacionais e internacionais”. O reforço da vertente cénica e a preservação da traça original do edifício são os dois princípios fundamentais do projecto que prevê a manutenção do café Cine e da sala dos espelhos. A plateia terá capacidade para 450 lugares, o balcão e os camarotes estão ainda sujeitos a estudos técnicos mais específicos.
Os custos desta recuperação não estão calculados mas segundo o vereador com o pelouro da cultura, Paulo Fernandes, existe a possibilidade da recuperação ser financiada até 75% no âmbito QREN (Quadro de Referência Estratégica Nacional). Quanto ao financiamento para a aquisição do edifício o executivo conta com 1 milhão 750 mil euros a que o tribunal de contas acaba de dar aval relativo ao empréstimo aprovado no final do ano passado.
A bancada do Partido Socialista votou a favor do processo de expropriação já que para Conceição Martins a recuperação do cine teatro Gardunha é a resposta para o problema da falta de uma sala de espectáculos na cidade do Fundão.