“A saúde não tem sido uma área muito trabalhada na intervenção social, tem-se insistido muito da educação, na integração, mas a saúde é uma área mais difícil de intervir.” Explica Rosa Carreira que, na Coolabora, coordenou o projeto sobre a Saúde da Comunidade Cigana, o tema do Seminário, que decorreu esta tarde no auditório do Hospital Pêro da Covilhã.
O projeto, designado “Haja Saúde”, permitiu desenvolver um trabalho em duas vertentes. Por um lado, junto dos profissionais de saúde, por outro, junto da comunidade cigana do Tortosendo.
“Na parte dos profissionais de saúde resultou um documento sobre os mitos e realidades sobre pessoas e comunidades ciganas, apresentamos o mito e explicamos porque é que é assim. Na parte da comunidade cigana foi uma primeira abordagem para esta questão, sensibilização para hábitos de saúde saudáveis”, o que não acontece em alguns casos.
É exemplo disso é a forma como a comunidade cigana olha para a saúde, “só se preocupam em ir ao médico, quando estão doentes, quando têm sintomas e, nalguns casos, isso pode ser fatal”, explica Rosa Carreira, que considera que ainda há muito trabalho a fazer nesta área, nomeadamente na sensibilização para a prevenção.
O projeto de intervenção social “Haja Saúde” chegou ao fim, mas a Coolabora espera regressar ao tema num dos próximos projetos da Associação.