O coro misto da Beira Interior lamenta que o principal concerto das comemorações do seu 35º aniversário, “We are Queen”, tenha de ser realizado fora da Covilhã por indisponibilidade do teatro municipal da Covilhã e acusa a direcção daquela estrutura de falta de ética.
Numa publicação colocada na sua página oficial, a associação cultural da Beira Interior refere que o primeiro contacto para a realização deste concerto “foi feito há cerca de um ano, reencaminhado seis meses depois e ambos sem resposta. Foi e só agora, e por informação do gabinete da senhora vereadora da cultura, a associação cultural teve conhecimento que tal não será possível”.
A ACBI lamenta “a falta de ética do TMC ou de quem manda nele e até falta de profissionalismo pois o mínimo que se exige a quem tem ordenado para tal é que responda aos e-mails e às propostas que são enviadas. É o mínimo até para um teatro que funcione mal quanto mais para um que se pretende de bom funcionamento e cujo director até conta com os serviços de uma secretária”.
A direcção do coro refere que ao longo dos anos já realizou concertos em algumas das principais salas portuguesas e também de outros países do mundo, como Espanha, Noruega, Palestina, cidade do Vaticano e Coreia do Sul, considerando que “um concerto no teatro municipal da Covilhã não aumenta em nada o currículo do coro misto da Beira Interior mas sim o do próprio TMC”.
Para a associação “iria aumentar a nossa felicidade poder comemorar o nosso aniversário junto das pessoas da Covilhã mas um assalariado pelo município, impede esse nosso objectivo”, acrescentando que começamos a ter “saudades do tempo em que o teatro estava mudo. Pelo menos não era necessário pagar ordenados para fingir que todos temos direito a sonoridades” admitindo estar a ser injusta “e o ordenado que o director recebe não justifica despender tempo a responder a e-mails. Talvez seja importante conhecer a sua remuneração para se entender se a taxa de esforço do seu desempenho é adequada ou porventura ser aumentado ou até despedido”.
A direcção do coro misto relembra que o TMC teve “chumbada a sua candidatura” ao programa de apoio da direcção geral das artes “o que não é bom cartão de visita para a gestão deste espaço cultural”, afirmando que o seu director “não está à altura das espectativas que nele foram depositadas e criou um reino acima do próprio reino à conta do erário público”.
A RCB tentou chegar à fala com o director do teatro municipal da Covilhã, Rui Sena, mas até agora sem sucesso.