O ex-militar da Escola Prática de Cavalaria de Santarém, que acompanhou Salgueiro Maia até Lisboa, em 24 de abril de 1974, foi condecorado pelo General Eduardo Ferrão, Chefe do Estado Maior do Exército.
A cerimónia decorreu no passado dia 16 de outubro, nas instalações da Academia Militar na Amadora, no âmbito das comemorações dos 50 anos da “Revolução dos Cravos”.
Em declarações em exclusivo à RCB, António Sena refere que, “é um orgulho que se recebe uma medalha, neste caso, por pertencer à coluna de Salgueiro Maia e por consequência, ao 25 de abril. Trata-se de um reconhecimento do trabalho que fizemos naquela altura, um trabalho que sabíamos que tínhamos riscos, naquela que foi a revolta dos capitães e que instaurou a democracia e a liberdade no nosso país. Era uma coisa que todos nós já esperávamos à muito tempo e tivemos, todos nós, 54 militares no total, 10 dos quais, a título póstumo, a honra de nos darem essa medalha e será, mais uma recordação do 25 de abril e será, provavelmente, uma recordação para a filha e para os netos, pois, quando eu desaparecer, pelo menos, ficam com uma recordação do pai/avô, do 25 de abril, da minha pessoa”. Disse.
O homenageado acrescenta ainda que vê actualmente Portugal de forma triste.
“Infelizmente, este país não está bem. É com alguma tristeza, que vejo que, o 25 de abril, está a ser um pouco deturpado. Tenho de facto esse sentimento. Inclusivamente alguns de nós estão revoltados. Apesar de não ligar muito à política, mas tenho amigos meus que sim e são muito críticos em relação a isso. Por isso, deixo uma mensagem para os pais desta nova geração, que não deixem morrer o 25 de abril e que digam aos filhos para continuarem, com o espírito do 25 de abril. Liberdade, Responsabilidade e Democracia sempre”. Conclui António Sena.














