A startup covilhanense que tem como objectivo tornar os sistemas de videovigilância mais simples e automáticos, foi selecionada para representar Portugal na categoria de processos inteligentes e urbanização no World Summit Awards 2023.
Fundada em 2021 por Vasco Lopes e Bruno Degardin, alunos de doutoramento na Universidade da Beira Interior a “Deep Neuronic” está focada em facilitar o processo de supervisão de câmaras de vigilância com deteção automática, em tempo real, de situações anormais, perigosas e de interesse, usando inteligência artificial e visão computacional que se interliga e otimiza os sistemas existentes.
De acordo com a empresa “o sistema permite detectar mais de 30 cenários perigosos, como acidentes rodoviários, incêndios, objectos abandonados, agressões, tiroteios, assaltos, quedas, entre outros, com a possibilidade de incluir novas situações para automatizar os processos de negócio de acordo com as necessidades dos clientes”. Além de alertas visuais e sonoros imediatos “o utilizador tem, ainda, acesso ao histórico de acontecimentos de fácil visualização e filtração que também permite e ajuda nas decisões a nível de gestão em múltiplos sectores”.
Os fundadores consideram “imperativo” o reconhecimento de soluções nacionais disruptivas com tecnologia de ponta, incluindo inteligência artificial, como uma ferramenta de apoio exponencial aos processos manuais “o impacto e potencial que a inteligência artificial tem no nosso dia-a-dia é enorme, mas existem ainda inúmeros processos que são feitos de forma manual, sendo que a sua automatização pode representar uma enorme melhoria na vida das pessoas e das empresas”.
Com dois anos de vida, o sistema da “DeepNeuronic” já se encontra instalado em diversos sectores como os transportes, retalho ou cidades inteligentes, “onde este reconhecimento representa não só a qualidade de inteligência artificial presente em Portugal como o impacto da nossa região nesta área.”