“E eu digo isto, porque, por exemplo, na Universidade Sénior, em que há 18 anos a maioria das pessoas nunca tinha utilizado um computador, e atualmente temos de estar a fazer outro trabalho de sensibilização para o seu uso excessivo.”
A vereadora com o pelouro da saúde, na Câmara Municipal, deixou ainda uma questão que se coloca num território envelhecido e disperso como o do concelho do Fundão.
“O que é que é efetivamente melhor para a pessoa? É ter um espaço virtual em que pode falar com outra pessoa, discutir com alguém, mesmo sendo desta forma, ou não ter ninguém? É uma questão para o futuro em territórios como o nosso, em que temos muito idosos isolados, atendendo também à extensão geográfica do concelho.”
O desafio, segundo a autarca, em jovens e menos jovens, é encontrar o equilíbrio entre o benefício e o perigo que pode representar a IA e a tecnologia, de uma forma geral.
“A tecnologia tem de estar à disposição das pessoas, para nos servir, mas de uma forma equilibrada.” Referiu Alcina Cerdeira, na sessão de abertura do X Ciclo de Saúde Mental da do Fundão, que debateu a Inteligência Artificial na Saúde, organizado pela Unidade Local de Saúde da Cova da Beira, da Unidade de Cuidados na Comunidade do Fundão, e pela Associação Entrelaços.