Apesar do resultado líquido positivo, fruto de uma injeção de capital efetuada pela câmara municipal, como frisou Rosa Coutinho, a integração da empresa no município, continua a ser a proposta da CDU.
“A empresa apresentou lucros positivos, porque teve uma injeção do município de 80 mil euros, ou seja, mais uma vez defendemos que esta empresa devia estar integrada na câmara, salvaguardando sempre a posição dos trabalhadores.”
Acácio Dias quis saber a posição de António Dias Rocha sobre esta questão que continua a preocupar a bancada do PSD.
“Considerando que a gestão da empresa onera os custos com pessoal em cerca de 40 mil euros anuais, representado cerca de 15% do valor das vendas e serviços prestados, considerando que parte do pessoal já se encontra ao serviço do município e que o senhor presidente já manifestou algumas reservas sobre a rentabilidade desta empresa, o que perspetiva para o futuro da empresa municipal?”
António Luís, da bancada do PS veio em defesa da empresa que “continua a defender o bom desenvolvimento de uma política cultural assente numa estrutura consolidada”, acrescentando que os documentos “espelham a verdade de um ano particularmente difícil, mas aqui houve a capacidade para enfrentar os muitos desafios.”
O presidente da Câmara de Belmonte, António Dias Rocha, vai manter a empresa até ao fim do mandato, deixando o futuro nas mãos do próximo executivo.
“Estou cá mais um ano e meio, enquanto eu cá estiver a empresa vai-se manter, quem vier a seguir decidirá o que acha que é melhor”. O autarca vê, no entanto, “com grande apreensão que a empresa possa encerrar e a estrutura ficar connosco e nós podermos comercializar os museus, não sei como é que isso se faz, mas haverá soluções, com certeza, de futuro.”
O futuro da Empresa Municipal de Promoção e Desenvolvimento Social de Belmonte será decidido por quem vencer as próximas eleições autárquicas, até lá, o executivo liderado por António Dias Rocha não pretende alterar a situação.