Na sua primeira reunião, após a eleição dos novos órgãos sociais, a direção da ADACB decidiu tomar uma posição pública e reclamar a necessidade urgente de melhorar os preços à produção e o rendimento dos agricultores.
Um problema que se arrasta há muito, sem que tenha havido vontade política para o resolver, com prejuízo para os agricultores, “levando ao progressivo empobrecimento e ao encerramento de muitas explorações agrícolas”, mas também para os consumidores “porque é cada vez mais caro pôr comida na mesa”, referem em comunicado.
A direção da ADACB pede a intervenção do Governo na UE “contra a injusta distribuição de rendimentos entre a produção, a distribuição e a comercialização”, entende que “é necessário regionalizar os apoios comunitários tendo em conta os custos de produção em cada região” e defende a aplicação de uma Lei “que proíba pagar aos produtores abaixo dos seus custos de produção”.
Para a ADACB é urgente reforçar os apoios públicos para o aumento da área de regadio na região com a concretização do regadio a sul da Gardunha, desde a Mata da Rainha até Castelo Branco. Neste âmbito, reclama ainda a modernização do regadio da Cova da Beira levando a água a mais explorações e a baixo preço.
A recém-eleita direção da ADACB, liderada por Aníbal Cabral, reclama ainda a reversão da extinção das Direções Regionais de Agricultura e Pescas e a concretização plena do Estatuto da Agricultura Familiar.
Do pacote reivindicativo faz ainda parte a resolução do “grave problema” dos prejuízos causados por animais selvagens e a justa distribuição das ajudas da PAC – Política Agrícola Comum.