Mário Nogueira disse, na Covilhã, que é urgente o processo de revisão do Estatuto da Carreira Docente como forma de valorizar uma profissão com cada vez menos gente.
O Secretario Geral da FENPROF falava, em conferencia de imprensa, aos jornalistas, após um plenário que decorreu no auditório da Escola Secundária Quinta das Palmeiras, inserido no processo de Revisão do Estatuto da Carreira Docente que a FENPROF está a promover por todo o país.
O problema da falta de professores é hoje generalizado e a sua resolução, no imediato, passa por recuperar os mais de 15 mil que abandonaram a profissão, nos últimos sete anos.
“E não os recuperamos se mantivermos a mesma carreira, os mesmos salários, as mesmas condições de trabalho, se tivermos centenas de professores que vão para fora da sua área de residência e a uns paga-se apoio e a outros não se paga nada. Assim não conseguimos e vamos agravar o problema.”
Mário Nogueira destaca as principais propostas da FENPROF para alterar o Estatuto da Carreira Docente.
“Que os jovens que começam a trabalhar comecem com um valor de dois mil euros ilíquidos, que o topo da carreira docente seja recuperado e equiparado com a carreira de técnicos superiores, que a carreira passe a ter 26 anos de serviço para chegar ao topo, como já teve, sem constrangimentos, estas são as questões primeiras, centrais.”
Depois dos plenários descentralizados, no próximo dia 7 de março, em Lisboa, num plenário nacional, será aprovada a versão final do documento, a apresentar ao Ministro da Educação, com as propostas da FENPROF para rever o Estatuto da Carreira Docente.