“Foi com grata surpresa que este ano, à semelhança do ano passado, registamos um acréscimo de 15% de alunos em relação ao ano passado, 30% são oriundos de outras latitudes”, refere em entrevista à RCB, o diretor da Escola Profissional do Fundão, Luís Oliveira.
Além de alunos de 17 nacionalidades diferentes, a escola também é procurada por estudantes de outros pontos do país, pela sua oferta formativa. É o caso do Curso de Técnico de Desenho de Construção Civil que existe no Fundão desde 1993 e que, atualmente, é único no país.
Em relação ao mais recente curso, Programador Informático, na área dos jogos digitais, no ano passado saíram os primeiros formandos, “com elevada taxa de sucesso dos alunos, todos eles empregados ou a prosseguir estudos”.
Na EPF, os cursos têm uma procura “muito próxima uns dos outros” e apesar do “ligeiro decréscimo nos setores da restauração, as turmas estão cheias.”
Das diversas atividades em que a Escola Profissional do Fundão vai estar envolvida, Luís Oliveira destaca o Festival Gastronómico da Cereja que este ano assinala a sua vigésima edição. Uma data que a direção pretende comemorar trazendo algumas novidades ao Festival que reúne, durante dois dias, escolas parceiras de outros países da Europa, para confecionarem pratos relacionados com a cereja. “Ainda está em avaliação, mas vamos querer um maior envolvimento do setor da restauração da região, e queremos envolver também colegas de outras escolas profissionais do país.”
Para Luís Oliveira este será, provavelmente, o ano “dos maiores desafios da Escola Profissional”, com a implementação dos três centros tecnológicos especializados aprovados no valor de 5 milhões de euros. “Nós estamos, neste momento, na implementação do primeiro, o da indústria, e os outros dois que estão aprovados, que assinamos contratos em julho e agosto, é um na área digital e outro na área da informática.”
Este ano será implementado o Centro Tecnológico na área da Indústria, mas até final de 2025 terão de estar os três a funcionar. Na prática, o que vai mudar na Escola com estes três centros? “Vai ser nos recursos pedagógicos, um mobiliário mais adaptado e flexível, vamos ter monitores interativos e abandonar os videoprojectores, ao nível das oficinas de manutenção industrial, só aí o investimento é de um milhão, vamos ficar com tecnologia de ponta.”
Um desafio para a Escola Profissional do Fundão que ao longo dos seus 33 anos de existência já formou 4 mil jovens.