Na tradição dos grandes levantamentos territoriais que desde o século XVI sondam os mais diversos aspetos referentes ao património cultural português (material e imaterial), «Este outro País» apresenta um registo visual recente de arquitetura popular na região Interior Centro de Portugal, adianta o município de Idanha-a-Nova.
De um conjunto de 61 desenhos a grafite s/papel, suporte gráfico da investigação intitulada: «Arquitectura Popular em Portugal. Tecnologias Construtivas Tradicionais na Contemporaneidade» (2021), a seleção em destaque reproduz aspetos originais das localidades beirãs de Malpica do Tejo, Ladoeiro, Zebreira, Monsanto, Lardosa, Freixial e Sobral do Campo, Castelo Novo, Alpedrinha, Alcaide, Fundão, Pêro Viseu, Barco, Peso, Paul, Erada, Covilhã, Pedrógão Pequeno, Vila de Rei e Meãs.
De acordo com os promotores do evento, como resultado, estes apontamentos permitiram avaliar as transformações ocorridas no seio do património de matriz rural da região no último meio século, “colocando em evidência questões como a descaracterização dos povoados — provocada em grande medida pela introdução de novos materiais (bloco cerâmico, p. ex.) —, o envelhecimento populacional ou a desertificação; e a importância que a valorização das técnicas construtivas tradicionais influem, seja na identidade dos lugares, seja por uma arquitetura contemporânea mais responsável e alinhada com os grandes reptos da atualidade”, apontam.
Com entrada gratuita, a exposição estará patente até 2 de julho, de terça a domingo, das 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00.