A estudante de Doutoramento em Gestão da Universidade da Beira Interior (UBI), Roberta Dutra Andrade, ganhou o Prémio de Inovação Tecnológica Engenheiro Jaime Filipe – Edição 2023 do Instituto Nacional para a Reabilitação (INR).
O Prémio de Inovação Tecnológica Engenheiro Jaime Filipe é promovido pelo Instituto Nacional para a Reabilitação e distingue o trabalho que mais contribua para a melhoria da qualidade de vida das Pessoas com Deficiência.
Ruberta Dutra Andrade foi premiada com o projeto “JUKA – dispositivo vestível multifunções para pessoas com Parkinson”. Com um valor de 10 mil Euros, atribuído, em partes iguais, pelo INR e Grupo Os Mosqueteiros e ainda uma peça de arte criada pelo CEARTE – Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património, a distinção foi entregue no dia 22 de maio, em cerimónia pública realizada no Auditório Orlando Monteiro daquele Instituto, em Lisboa.
Segundo Roberta de Andrade, o Projeto “JUKA – dispositivo vestível multifunções para pessoas com Parkinson” é constituído por um suporte capaz de acoplar talheres, pente e escovas de dentes que permite ao paciente de Parkinson ou com outras incapacidades motoras desempenhar com autonomia atividades diárias como alimentar-se, escovar os dentes e pentear o cabelo. “O dispositivo JUKA é capaz de anular os tremores e o software integrado permite acompanhar e predizer a evolução da doença através de gráficos. As tecnologias utilizadas foram machine learning, Arduino embedded systems e IoT”, explica a estudante de Doutoramento da UBI.
Para a também investigadora júnior do Núcleo de Estudos em Ciências Empresariais (NECE) da UBI, o Prémio em causa “é especialmente importante” por ter sido desenvolvido ao longo de sete anos para o seu pai. “Tem o nome do meu Pai e pode auxiliar milhares de pessoas com a mesma doença, a baixo custo. Além de não ter produtos concorrentes que desempenhem as mesmas funções, o dispositivo apresentou uma eficácia de 99% nos testes com utilizadores, um custo de fabricação 88% menor, a utilização de materiais recicláveis e inovação aberta”, elucida Roberta de Andrade.