“Perdemos uma das imprescindíveis”, refere em nota de condolências a União de Sindicatos de Castelo Branco (USCB) sobre o falecimento de Pilar Azevedo Lourenço, 81 anos, natural do Casal da Serra – Tortosendo. “Perdemos uma mulher de abril”, sublinha.
“Os trabalhadores, o movimento sindical e o Tortosendo perdem uma cidadã plena e integra. Hoje todos estamos mais pobres”, declara a USCB
Pilar Lourenço foi delegada sindical na empresa Moura & Matos e foi dirigente do Sindicato Têxtil da Beira Interior e da União dos Sindicatos de Castelo Branco/CGTP-IN.
“A Pilar foi e será uma mulher e uma sindicalista marcante. Foi uma combatente pela liberdade, pelos trabalhadores, pela igualdade entre mulheres e homens, pela transformação da sociedade, pelo seu Tortosendo e pelo seu Casal da Serra”, frisa a União.
Para aquela estrutura sindical, Pilar Lourenço foi decisiva no trabalho sindical de defesa dos direitos dos trabalhadores na sua empresa. “Mas foi mais que isso, foi uma dirigente muito importante na integração de mulheres nas direcções sindicais, num tempo em que os preconceitos e as ideias conservadoras quanto ao papel da mulher eram ainda muito fortes e discriminatórios”, destaca.
“Corajosa, determinada e solidária, a Pilar era uma camarada e uma amiga em quem se podia confiar e os trabalhadores, que ela defendia com convicção e firmeza, confiavam nela, estimavam-na e elegiam-na sempre como sua representante”, afirma.
Em comunicado, a USCB afirma que Pilar Lourenço era uma mulher de diálogo, mas não fugia ao
confronto em defesa dos seus princípios e convicções.” Esta forma de ser e de estar granjearam-lhe a estima, a admiração, o reconhecimento e o respeito de todas e de todos com quem se relacionou, mesmo das e dos que não partilhavam as suas ideias. Só as pessoas “Grandes” conseguem isso”, aponta.
“Como dirigente sindical foi um exemplo de entrega, de militância, de seriedade, de frontalidade e de solidariedade. Ela, porque sentiu e viveu, sabia bem o que era a exploração, o que era a luta de classes. Por isso, até ao fim dos seus dias, foi uma militante convicta do PCP е, enquanto a saúde lho permitiu, esteve
sempre presente nas suas acções, iniciativas e luta por uma sociedade mais justa, liberta da exploração do homem pelo homem. Sempre atenta e compreensiva. A Pilar era uma pessoa muito boa.”, vinca a União.
O funeral realiza-se esta segunda-feira, pelas 11h00, na Igreja Matriz do Tortosendo seguindo para o cemitério local.















