Associada à festa, está uma tradição que foi passando de geração em geração, como contou à RCB, Júlio Lopes, membro da Comissão de Festas da Paróquia da Fatela.
“No passado, todas as pessoas da aldeia criavam o seu porco, fazia parte do sustento da família, e houve uma altura em que a peste suína instalou-se por aqui e as pessoas faziam a promessa se o porco sobrevivesse, uma das formas de agradecer era oferecerem chouriças e daí surgiu a festa das chouriças.”
E havia até quem prometesse chouriças do tamanho do porco, “muitos prometiam uma chouriça do tamanho do porco, e era engraçado ver, no dia da festa, aquela variedade de chouriças e tamanhos. No dia da festa tínhamos oportunidade de provar chouriças de várias variedades, hoje é totalmente diferente.”
Apesar das diferenças a Comissão de Festas vai tentar manter a tradição e confecionar as chouriças, de vários tamanhos, para leiloar no dia da festa.
“Tomamos a iniciativa de comprar a carne e vamos ser nós a confecionar vários tipos de chouriças de diferentes tamanhos para ir ao encontro do que se fazia antigamente.”
Se o tempo ajudar o leilão será feito, como antigamente, no adro da igreja, se não, o recinto do Anjo da Guarda recebe o evento depois da missa, que se realiza ao meio dia na igreja matriz, e da procissão, “que essa sim, já não se faz há uns quantos anos”.
As receitas do leilão das chouriças vão reverter a favor das obras de recuperação da capela de S. Sebastião