A festa, organizada pelo Rancho Folclórico Romeiros de Sta. Luzia e Casa Cultural e Recreativa Castelejense tem como objetivos angariar fundos para as atividades que as coletividades promovem, reunir a população e, “sobretudo, levar mais longe o nome do Castelejo”, refere à RCB, a presidente do Rancho, Isabel Gonçalves.
E foi o que aconteceu este fim de semana, no Castelejo. Vieram às centenas, da região, de vários pontos do país e não só, “vêm de Lisboa, Castelo Branco, do Canadá, ontem vieram umas pessoas do Canadá, da França, a melhor publicidade é as pessoas que vêm cá comer.”
O passe a palavra tem sido a melhor publicidade do Festival que tem na sua gastronomia o ponto forte, a começar pelo grelo.
“Nós aqui temos grelos com tudo, grelos salteados, esparregado, arroz de grelos, temos a carne de rés, em panela de ferro, os maranhos, e fazemos tudo daqui.”
Segundo Madalena Martins, o evento, que também serve para a passagem de saberes de geração para geração, começa a ser preparado uma semana antes e dá muito trabalho. Só em grelos, este fim de semana, foram 10 panelas.
“Passamos horas e horas a apanhar grelos, vamos cozê-los e aquilo faz-se em nada.”
Apesar de tudo, o festival do grelo vale a pena. Dinamiza a aldeia, traz gente ao Castelejo e une a população um dos principais objetivos do rancho que tenta organizar, todos os meses, uma iniciativa.
“Fizemos no mês passado o Carnaval, este mês fazemos, agora, o festival do grelo e comemoramos, no dia 19, o dia do pai com um almoço convívio. Este ano teremos bacalhau com natas ao almoço, gelatina ou pudim à sobremesa e à noite, grelhada mista.”
Rancho Folclórico Romeiros de Sta. Luzia já a pensar na próxima iniciativa. Para já, foi um sucesso o festival do grelo que celebra esta flor da nabiça, um acompanhamento rico em vitaminas e cálcio, muito utlizado na culinária portuguesa e que se dá em terras do Castelejo.