O Jardim das Artes volta a ser palco do Festival que promove uma iguaria típica e única da Covilhã. Organizada pela Confraria do Pastel de Molho da Covilhã e da Pastinaca, com o apoio do Município, a quarta edição decorre de 26 a 29 de junho. Durante os quatro dias do Festival, a organização espera vender entre 4 a 5 mil pasteis.
O aumento do número de dias é uma das novidades do quarto festival do Pastel de Molho da Covilhã que mantém o figurino de anos anteriores, como explicou, esta tarde, em conferencia de imprensa, o presidente da direção da Confraria, Paulo Carvalho. “Vamos ter quatro expositores a vender o pastel de molho, depois vamos ter dois stands a promover e a vender produtos de açafrão”.
Para além de um workshop, aberto a todos os que quiserem aprender a confecionar o Pastel de Molho da Covilhã, que acontece na sexta-feira, às 18h, todos os dias haverá animação, “no primeiro dia iremos ter As Vozes do Caia, no segundo dia, teremos o Ruben Matos, no terceiro dia teremos As Vozes do Oriental que estão a preparar uma surpresa para a Confraria, e depois, no domingo, vamos ter só uma música ambiente, porque o domingo é sempre mais calmo.”
Para a vereadora com o pelouro da cultura na Câmara da Covilhã, Regina Gouveia, este evento “pretende manter-se fiel ao conceito de festival de proximidade” tendo como objetivo “promover o pastel de molho e através dele o nosso território”.
O Pastel de Molho da Covilhã é único e tem associada uma história ligada à própria história da cidade dos lanifícios. Segundo o confrade Luís Santos, a história do pastel de molho é secular e terá começado a ser feito e degustado nos anos 20, do século passado, “pelas senhoras que trabalhavam nas grandes fazendas que aprenderam a fazer as massas folhadas e com a carne de produção dos vitelos começaram a fazer os pasteis de carne”. Um saber que foi passando gerações, “entretanto essas senhoras foram casando com os tecelões das fábricas de lanifícios e começaram a vender os pasteis que eram uma refeição na fábrica que tinha tudo o que era necessário, “água quente havia nas tinturarias, o açafrão havia nas tinturarias para tingir os tecidos, eles adicionavam o sal e o vinagre que levavam de casa para fazerem o molho do pastel que tantas vezes lhes serviu de refeição do dia”.
Mais tarde, quando chegou a modernização das fábricas, chegou também uma inovação no pastel. Os engenheiros ingleses trouxeram o hábito de beber chá que se estendeu às pastelarias da cidade, aos covilhanenses e ao pastel de molho que passou a ser demolhado em chá preto. O molho tradicional, com açafrão, ou o molho de chá preto, podem ser encontrados no festival no espaço que a Confraria vai ocupar onde estará também à venda um kit com tudo o que é necessário para provar o Pastel de Molho da Covilhã, de 27 a 29 de junho, no Jardim das Artes, entre as 18h e as 24 horas.
O evento conta ainda com a parceria da Associação Empresarial da Covilhã, Belmonte e Penamacor satisfeita, a nível empresarial, pela divulgação deste produto, como referiu Vitória Penedo, em representação da Associação empresarial, esta manhã em conferencia de imprensa, “virá certamente gente fora da Covilhã, a nível nacional, também temos apoiado a Confraria em deslocações ao exterior, estamos a levar para fora da Covilhã e de Portugal o nome da Covilhã, as tradições da Covilhã e um produto endógeno da Covilhã.”